quinta-feira, 23 de abril de 2009


Ver para crer...

Arquiteto é assombrado por fantasmas de escravos e do Barão da Tijuca


Logo que comprou o casarão de pedras no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, há dez anos, o arquiteto das estrelas Éder Meneguine sentiu que o clima da casa era diferente.
O imóvel, erguido em 1876, tem 40 cômodos, distribuídos em quatro andares, e paredes construídas com 80 centímetros de pedras, o que deu ao antigo imóvel um ar sinistraço de castelo mal-assombrado.

E, para confirmar que o casarão era mesmo assobrado, bastou Éder passar uma única noite no local.

- Foi escurecer para eu começar a ouvir vozes e barulhos nos outros andares - lembra.

As histórias assustadoras não param por aí.Além de ouvir a conversa dos fantasmas e o barulho de objetos quebrando, Éder passou a ver vultos no reflexo do espelho e três ossadas foram encontradas, enterradas no chão da área de serviço:

- Sempre vejo escravas segurando crianças no colo. Torturas no casarão

Não é para menos que o casarão seja assombrado. O antigo dono da casa era o Barão da Tijuca, que ficou conhecido, na redondeza, pela crueldade com que tratava os empregados.
Reza a lenda que ele desobedeceu a ordem da princesa Isabel e não libertou nenhum dos 90 escravos que mantinha na propriedade.
No canto de uma das salas, foi construído um alçapão que leva ao calabouço - onde o barão prendeu e torturou os escravos por mais de 18 anos, após o fim da escravidão. Dono da casa teve que chamar caça-fantasmas

As aparições no casarão aumentaram depois que o arquiteto fez obras no imóvel. Para dar uma acalmada nos ânimos das assombrações, Éder chamou "caça-fantasmas" e fez algumas sessões no casarão.

- Um grupo de bruxos purificou minha casa e o clima melhorou. Não quero espantar as almas, gosto disso, mas quis ficar em paz com elas- conta.


Fonte: Globo.com

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